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Gabriela e Ana Paula pilotam até colheitadeira.

As duas aprenderam a fazer de tudo na propriedade e trabalham lado a lado com Lucas Knoor, esposo e irmão, respectivamente.

Já foi o tempo em que o trabalho no campo não era lugar para mulher. Sem ter medo de desafios, Gabriela Brandolin Pinheiro Knoor, de Pitangueiras, esposa do cooperado Lucas André Knoor e a cunhada Ana Paula Knoor, têm aprendido a fazer de tudo na propriedade rural da família e, durante a colheita, as duas pilotam as colheitadeiras dividindo o trabalho com Lucas.

Apesar de sempre ter vivido na cidade, quando começou a namorar Lucas, há três anos, Gabriela já acompanhava o atual marido no dia a dia da propriedade, aprendendo todos os manejos e cuidados. Foi nesta época que aprendeu a pilotar a colheitadeira. Por isso, após o casamento, há um ano, passar a trabalhar lado a lado com o marido foi um processo natural. Neste ano, Gabriela está assumindo um novo desafio: aprender a plantar. “Temos que fazer de tudo. Com a tecnologia disponível hoje em dia, é fácil para a mulher executar serviços que antes seria mais difícil”, comenta.

Da mesma forma, de família de agricultores, Ana Paula apenas seguiu o exemplo da mãe, Sueli Regina, que sempre foi parceira do marido, André Osvaldo Knoor. Atualmente, o casal apenas supervisiona o trabalho dos filhos na parte de produção de grãos. A principal função dos dois é cuidar dos quatro barracões de frango, onde criam uma média de 140 mil frangos por lote, tirando cinco lotes no ano.

No início, apesar de sempre ter acompanhado os pais e o irmão no dia a dia da propriedade, Ana Paula até chegou a ir trabalhar na cidade, mas, neste processo, descobriu que o que queria mesmo era fazer a terra produzir, assumindo o comando de uma das colheitadeiras da família. Atualmente, ela faz praticamente tudo o que o irmão Lucas faz, até mesmo a manutenção das máquinas, quando necessário.

Os Knoor plantam 90 alqueires entre área própria e arrendada, que é a maior parte. Além disso, prestam serviço para outros produtores durante a colheita em cerca de 400 alqueires, otimizando o uso dos equipamentos que possuem com uma renda extra. Em média eles produzem de 120 a 140 sacas de soja por alqueire no verão e 230 a 240 sacas de milho safrinha. Nesta safra, por causa das estiagens no inverno e no verão, além das geadas, produziram uma média de 80 sacas de soja e 130 sacas de milho por alqueire.