Marleide, uma vida de trabalho na roça.
A produtora, que já fez de tudo na propriedade, continua sendo parceira de Leones Mochi, com quem é casada há 52 anos.
Apesar dos seus 70 anos, Marleide de Jesus Aguiar Mochi, de Colorado, que já fez de tudo na propriedade, continua ajudando no que é possível o marido, o cooperado Leones Mochi. “Hoje eu fico mais em casa”, diz, enquanto alimenta as ovelhas.
Mas já houve o tempo em que caminhou lado a lado com Leones na colheita do algodão, na ordenha e trato das vacas ou dando remédio aos animais. Marleide até mesmo já dirigiu trator e ajudou no parto das vacas. Afinal, são 52 anos de casados e de parceria.
Atualmente, o filho Janes, que era caminhoneiro, retornou a propriedade e tem ajudado os pais. O casal tem sete filhos, sendo um falecido, mas todos acabaram indo trabalhar na cidade.
A família possui 37,5 alqueires e arrenda mais 20 alqueires. Da área total, 28 alqueires são cultivados com soja verão e milho no inverno, produzindo em média 140 e 200 sacas por alqueire, respectivamente. “Nesta safra, por causa da estiagem, devemos colher umas 70 sacas por alqueire”, calcula Leones. O restante da propriedade é ocupado com pasto e mata ciliar, que é significativa, já que o sítio margeia o rio Pirapó.
Parte da pastagem é irrigada. “Com essa estiagem, foi o que nos ajudou a manter os animais”, conta a produtora. A família trabalha com recria, adquirindo os bezerros com sete meses em média e comercializando aos dois anos, com 12 a 12,5 arrobas. Normalmente, os Mochi mantêm umas 200 cabeças em todo o pasto, mas, por causa da estiagem, deram uma reduzida na lotação, mantendo uma média de 135 animais. “Água boa é a da chuva. Muda completamente o clima e os animais sentem a diferença”, afirma Leones. Na área eles criam ainda ovelhas.